O Sinergia CUT e a Auren Operações S/A tiveram uma reunião nesta terça-feira (11) para dirimir algumas dúvidas sobre informações que destoam do Acordo Coletivo vigente e que estão chegando aos trabalhadores. Nesta primeira reunião de pendências, a empresa respondeu a 10 questionamentos do Sindicato. Confira abaixo, por assunto:

PIA: O Sindicato recebeu a informação que algumas pessoas da empresa haviam divulgado que não havia mais o Programa de Incentivo à Aposentadoria (PIA), o que foi desmentido por ela. A Auren Operações afirmou o PIA continua existindo, pois está em Acordo vigente, e ainda aproveitou para elogiar o Programa.

Uniformes: O Sindicato informou que em algumas unidades não existe uniforme antichama de reserva e, caso ocorra algum incidente que inutilize o equipamento, não há como substituir. Segundo a empresa, o problema foi detectado. Ressaltou que já fez a solicitação de compra para solucionar a demanda.

Técnico de Segurança: No final da gestão da AES Brasil Operações, o Sindicato consolidou um processo de negociação cumprindo um Acordo estabelecido, em que se previa um técnico de segurança por usina, pois segurança deve ser prioridade. O Sinergia CUT solicitou que a empresa se posicionasse sobre essa questão e ela informou que a segurança é o foco dela também. Acrescentou que, no processo de demissões, não foi desligado nenhum técnico de segurança. Além disso, comprometeu-se a encaminhar para o Sindicato a listagem de técnicos, para posterior retorno da conversa.

Periculosidade: O Sindicato também teve a informação que a empresa estaria cortando a periculosidade para as funções que tenham entrado em área de risco de forma eventual. Segundo a Auren Operações, não existe orientação nesse sentido, pois seria necessário um laudo técnico atualizado, o que não é prioridade neste momento. Quando houver qualquer alteração, a empresa garantiu que entrará em contato com o Sindicato. No momento, não há qualquer orientação para cortar a periculosidade.

Sobreaviso: Os trabalhadores estão questionando se haverá mudança no sobreaviso e a empresa negou. Caso haja necessidade, a Auren garantiu que entrará em contato com o Sindicato, uma vez que o assunto é objeto de Termo Aditivo de Sobreaviso, que tem vigência até 2027.

PPPs: O Sindicato solicitou da empresa celeridade no envio e correção nos PPPs dos trabalhadores que foram demitidos. Isso porque alguns deles receberam PPPs errados e outros ainda nem receberam, sendo que foram demitidos há mais de 90 dias. A Auren Operações se comprometeu a solucionar a questão. O Sinergia CUT ficará de olho.

200 horas: Há uma informação entre os trabalhadores que o horário comercial de 200 horas era uma liberalidade da empresa. O Sindicato reforçou para a Auren Operações que não se trata de liberalidade e sim pelo fato do Sinergia CUT ter entrado com uma ação judicial para redução da jornada, após um processo de negociação frustrado, e foi feito um acordo para o pessoal da área comercial realizar 200 horas. A Auren Operações ressaltou que não há interesse em alterar a questão da jornada.

Alteração de Funções de Mantenedores: O Sindicato informou para a empresa que em 2013/2014, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública contra a AES Tietê, que originou em uma multa de mais de R$ 2 milhões e um TAC (Termo de Ajuste de Conduta). Nesse TAC assinado está a descrição de alguns cargos, entre eles, a de mantenedores, ou seja, não pode ser feita a alteração de tarefa diferente do que está descrito no TAC.

PLR Expurgos: O Sinergia também solicitou da empresa os expurgos dos eventos ocorridos na UG 3 de Promissão, pois parte dos eventos que levaram ao não cumprimento do indicador EAF foram decisões de gestão da empresa na época (AES Brasil Operações). Esta condição está na cláusula 8ª do Acordo Coletivo de PLR em que prevê a possibilidade de expurgos em certas situações. A empresa informou que está analisando a correspondência enviada pelo Sindicato e tão logo tenha uma posição irá retornar. Na apresentação da Auren Operações realizada nos dias 03 e 04 de fevereiro ao Sindicato, foram atingidos 99,7% dos valores apurados. Com isso, o pagamento da segunda parcela da PLR 2024 era de R$ 5.196,50. Esse valor se refere aos R$ 14.550,20, subtraindo-se a antecipação de R$ 9.353,70 paga em setembro do ano passado. O pagamento da segunda parcela da PLR está previsto pela empresa para ser feito em 28 de fevereiro.

Metodologia da PLR 2025: A Auren informou o desejo de fazer alteração na metodologia da PLR para ficar compatível entre Auren CESP e Auren Operações. O Sinergia afirmou que aceita conversar sobre esse novo modelo desde que as metas continuem factíveis, transparentes, que o valor não seja inferior ao praticado atualmente e que haja contrapartida da empresa, conforme Lei 10.101 da PLR. Diante disso, foram agendadas novas reuniões para os dias 24 e 27 de fevereiro e 10 e 13 de março referentes à apresentação da empresa sobre o novo modelo de PLR.

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