Saiu na Imprensa: “Não vejo razão para mudar plano de privatização, diz presidente da Eletrobras”
Escrito por 15 de abril de 2020
Para executivo, projeto de lei provavelmente será apreciado pelo Congresso no fim do ano, já que pandemia impõe outras prioridades neste momento
Por Rodrigo Polito, Valor — Rio –
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, afirmou nesta terça-feira não ver motivos para uma eventual mudança no plano de privatização da companhia. O plano, de acordo com projeto de lei (PL) na Câmara, prevê a capitalização da empresa, em que a União teria sua participação reduzida para menos de 50% e o controle da companhia seria pulverizado.
“Não vejo nenhuma razão para mudar o projeto. Acho que esse é o melhor projeto mesmo”, disse o executivo, em transmissão na internet promovida pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) do Rio.
Segundo ele, diante da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, provavelmente o PL será apreciado no Congresso no fim do ano, diante de outras prioridades mais urgentes do governo e do legislativo neste momento.
Com relação ao isolamento social, Ferreira disse esperar que o retorno ocorra a partir de meados de maio, de forma gradativa e seletiva. Ele, no entanto, garantiu que “durante a crise, não faltará energia”.
O presidente da Eletrobras disse ainda acreditar que a saída do país da crise, após o isolamento, será pela infraestrutura. “Não tenho dúvida de que, para o Brasil, a saída da crise é pela infraestrutura. Temos que criar perspectivas de emprego para a população”.
A Eletrobras não registrou inadimplência em seus contratos firmados com distribuidoras de energia até o momento, afirmou.
“Até o momento não registramos nenhuma inadimplência em nossos contratos”, disse.
O executivo disse apoiar uma solução de suporte financeiro às distribuidoras de energia, em estudo pelo governo, para evitar que a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus afete o fluxo de pagamento do setor elétrico.
Segundo Ferreira Junior, a empresa recebeu pedidos de alguns consumidores livres para negociar termos de contratos de fornecimento de energia.
“Não tivemos [notificação de] força maior por nenhum deles [consumidores livres], mas tivemos uma demanda para negociar”, disse o executivo.










