No Dia Internacional da Mulher, Sindicato promove palestras sobre violência obstétrica e doméstica
As palestrantes são a enfermeira de saúde pública Aparecida Sílvia Mellin e a vereadora Guida Calixto (PT/Campinas). O evento será realizado a partir das 11h, no auditório 10 de Maio, que fica no Sinergia CUT, em Campinas
Escrito por 3 de março de 2023
O Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT promove, a partir das 11h da próxima quarta (8), palestras em alusão ao Dia Internacional da Mulher. A primeira exposição será com a enfermeira de saúde pública Aparecida Sílvia Mellin sobre “Violência obstétrica e saúde da mulher”. Já a segunda palestra será com a vereadora Guida Calixto (PT/Campinas), que é advogada e educadora, com o tema “Violência política de gênero e dados sobre a violência contra a mulher em Campinas”. O evento será realizado no auditório “10 de Maio”, que fica no Sinergia CUT.
As palestras são abertas ao público e não há necessidade de inscrição, sendo opcional a doação de absorventes e de roupas íntimas, a serem distribuídos para mulheres em situação de vulnerabilidade social no Litoral Norte, fortemente atingido pelas chuvas que obrigaram 2 mil pessoas a abandonarem suas casas e causaram 65 mortes, segundo informações do governo do Estado de São Paulo.
“O objetivo das palestras é dialogar sobre o cenário de desigualdades econômicas e sociais, violência e descaso do poder público, apesar de nós, mulheres, sermos 51% da população do Estado”, disse a dirigente Rosana Gazzolla, coordenadora do Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT. Neste 8 de maio, o Sinergia, como sindicato CUTista, também “luta pela equidade entre homens e mulheres, pelo fim da violência, por salários iguais para trabalhos iguais, direitos sexuais e reprodutivos, investimentos em saúde e educação pública, promoção das mulheres na ciência, nas artes, na representação política e na gestão pública”.
“Ato 8 de Março”

Além das duas palestras, o Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT participa do “Ato 8 de março – Mulheres nas Ruas contra o Fascismo e em Defesa da Democracia”, que será realizado às 17h, no Largo do Rosário. Para Rosana, as discussões e participação em atos são pautas prioritárias diante do aumento dos indicadores de violência contra a mulher que subiram em 2022, como aponta a quarta pesquisa “Visível e Invisível – a Vitimização de Mulheres no Brasil”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (2).
Segundo a pesquisa, 33,4% das mulheres brasileiras com 16 anos ou mais experimentou violência física ou sexual provocada por parceiro íntimo ao longo da vida. E, 24,5% afirmaram ter sofrido agressões físicas como tapa, batida e chute, e 21,1% foram forçadas a manter relações sexuais contra sua vontade. Se expandirmos os resultados para as mulheres que afirmaram ter sofrido violência psicológica, como humilhações, xingamentos e insultos de forma reiterada, o percentual de mulheres que sofreu alguma forma de violência por parceiro íntimo chega a 43%. Clique aqui para ler a pesquisa completa. A CUT São Paulo também produziu um jornal especial para data. Clique aqui para ter acesso à publicação.










