CS 2024: Sinergia CUT e AES Brasil Operações continuam em negociação
Em reunião realizada nesta quarta (12), empresa apresenta proposta atualizada e Sindicato ratifica pauta da categoria. Próxima rodada acontece na semana que vem
Escrito por 12 de junho de 2024Sinergia CUT e AES Brasil Operações participaram da terceira rodada de negociação da Campanha Salarial 2024 na manhã desta quarta-feira (12) para continuar debatendo as principais reivindicações da categoria para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Novamente, a empresa começou a reunião atualizando as informações sobre todos os procedimentos já encaminhados para a aprovação da chamada combinação de negócios da AES Brasil com a Auren, cumprindo todos os trâmites necessários dentro do prazo para incorporação até setembro ou outubro, ainda aguarda respostas da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A proposta da empresa
Em seguida, o diretor de RH da empresa reafirmou a proposta da segunda reunião, com as seguintes alterações:
- Adiantamento da PLR: reajuste de 3,93% (IPCA), passando para R$ 9.353,70 com pagamento em setembro.
- VA/VR: reajuste de 3,93% (IPCA), com valores de R$ 1.337,36 (VR) e de R$ 333,23 (VA), totalizando R$1.670,59.
- Um abono no VA/VR: também reajustado em 3,93% (IPCA), no valor de R$ 2.244,89, com pagamento imediato depois de fechado o ACT.
- Vale Natalino: reajuste de 3,93% (IPCA) que seria de R$ 1.536,32.
- Reajuste salarial: 3,93% (IPCA).
- PIA: apesar de já estar previsto em cláusula do atual ACT, a empresa concorda em encontrar uma redação que dê mais garantia a quem tiver interesse no benefício.
- Licença-paternidade: a empresa se compromete a incluir no novo ACT o que já pratica e que abrange um tempo maior do que estabelece a CLT.
A contraproposta do Sinergia CUT
Já a bancada dos trabalhadores reafirmou que, nesse momento de transição, a categoria está preocupada com a venda da AES Brasil já que essa deve ser a última Campanha Salarial negociada com a AES Brasil Operações. Portanto, para a direção do Sinergia CUT, “a empresa tem a responsabilidade de conceder a todos os trabalhadores e as trabalhadoras a maior tranquilidade possível, até como forma de reconhecer o trabalho de cada um nesses 25 anos em que a AES esteve instalada no Brasil”.
Diante disso, o Sindicato reafirmou a necessidade de a empresa reavaliar a proposta, atendendo às reivindicações da pauta dos trabalhadores:
- Reivindicação de aumento do quadro mínimo.
- Redução do percentual de rotatividade de pessoal.
- Concessão do auxílio-creche para pais, pois é um debate que já vem se arrastando nas mesas da renegociação nos últimos dois anos.
- Garantia da pré-aposentadoria para quem está a dois anos para poder se aposentar, já que essa estabilidade é importante neste momento de transição na empresa.
- Para o PIA é importante abrir os prazos imediatamente após assinatura do novo ACT e que esse prazo seja permanente.
- Sobre a discussão da troca de indexador, que isso reflita em melhorias no Plano CD.
- Bolsa de Estudos: o Sindicato ressaltou a importância de aumentar o número de bolsas de estudo, pois a empresa aumentou o número de trabalhadores neste último período.
Dos pontos que a empresa não trouxe para a negociação, o Sindicato ressaltou a importância de três prioridades dos trabalhadores e das trabalhadoras: a importância do pagamento de uma a PLR adicional de venda, assinatura de um novo ACT por quatro anos e a necessidade de aumento real nos salários e na renda da categoria, até para recompor o poder de compra.
Nova rodada na quarta (19)
Depois dessas considerações, o diretor da AES Brasil Operações se comprometeu a revisitar alguns pontos de pauta trazidos e reafirmados pelo Sinergia CUT, agendando mais uma próxima reunião para a próxima quarta-feira (19), às 7h30. Continue ligado!
Por melhores condições de trabalho e renda. Nossa luta transforma