Carlos Alberto Alves, presidente do Sinergia CUT, e Esteliano Gomes Neto, presidente da Fruse, estiveram em Brasília na quarta-feira (13) para participar de um dia intenso, cheio de atividades importantes  para avançar na luta pela redução da jornada de trabalho, pelo fim da escala 6×1 e pela reconquista da aposentadoria especial também para a categoria eletricitária.

“Foi um dia de agenda lotada, com muitas reuniões junto com companheiros do macrossetor da indústria e sindicalistas de diversas categorias, na Câmara Federal, no Ministério do Trabalho e Emprego, com a deputada Érika Hilton e com o senador Paulo Paim. Um dia produtivo que resgata a esperança de melhores condições de vida para a classe trabalhadora brasileira”, afirma o presidente do Sinergia CUT.

Porque a vida não é só trabalho

O dia começou com a entrega do abaixo-assinado que reivindica a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e o fim da escala 6×1 na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Os sindicalistas acompanharam a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), autora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pelo fim da escala 6×1, que foi protocolada em fevereiro passado, na reunião com o presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos – PB).

Em nota nas redes sociais, a parlamentar disse que o parlamentar se comprometeu com o avanço da proposta. “Hugo Motta se comprometeu com a criação de um plano de trabalho para debater os próximos passos da proposta e seu avanço na Câmara dos Deputados”.

Para a deputada, é preciso colocar fim na “escala de trabalho incompatível com a dignidade humana”, transformando garantias já conquistadas por algumas categorias em direito para todos os trabalhadores brasileiros. A PEC tem grande apelo popular. De acordo com pesquisa Quaest divulgada em julho, 71% dos brasileiros apoiam o fim da escala 6×1.

Luta pela aposentadoria especial

Também na quarta-feira (13), os presidente do Sinergia CUT e da Fruse acompanharam a sessão da Comissão da Previdência da Câmara Federal, que deu um passo importante na luta pela volta da aposentadoria especial para diversas categorias.

O relatório do PLP 42/2023 – que propõe a regulamentação do benefício para trabalhadores e trabalhadoras expostos a agentes nocivos – foi lido e, em seguida, foi aprovado o pedido de vista, por unanimidade, garantindo assim mais um tempo para ajustes e melhorias, o que aumenta as chances de vitória na votação do próximo dia 27.

Esteliano Neto, presidente da Fruse, explica que esse passo é mais um avanço e o momento é decisivo para a reconquista do direito à aposentadoria especial também de eletricitários e eletricitárias que trabalham em áreas de risco.

“Já participamos de uma longa trajetória na Comissão de Justiça, no ano passado, e continuamos participando, conquistando e avançando. O mais importante é estarmos unidos e atentos para recuperarmos esse direito para todas as categorias, inclusive a nossa, que trabalham expostas a agentes nocivos e de riscos, e que têm a saúde diariamente prejudicada”, alerta.

Lutas que transformam vidas!