População da Baixada Santista sofre com apagão
Enquanto as concessionárias de energia enchem seus cofres com uma das tarifas mais caras do mundo, a sociedade brasileira sofre com constantes blecautes. Desta vez, a falta de energia atingiu cidades do Litoral Sul de São Paulo e da região de Itapetininga neste último dia 20 de novembro
Escrito por Débora Piloni 22 de novembro de 2024Causa apontada foi o desligamento de uma linha de transmissão da ISA Cteep
Por cerca de quarenta minutos, na noite do feriado nacional do Dia da Consciência Negra, um apagão atingiu cidades da região de Itapetininga e do Vale do Ribeira, localizado na mesorregião do Litoral Sul paulista. Foram mais de 20 cidades atingidas pela falta de energia, segundo as distribuidoras Elektro e CPFL Santa Cruz, que operam nessas regiões.
Com certeza, toda essa população foi muito prejudicada nesse período, com interrupção da internet; os hospitais parcialmente afetados; as ruas, residências e estabelecimentos comerciais às escuras aumentando os riscos de assaltos e acidentes; além dos prejuízos à infraestrutura: apagões podem danificar equipamentos elétricos e de comunicação.
A causa da queda de energia nessas regiões foi o desligamento da linha de transmissão da ISA Cteep, que aconteceu por volta das 19h. Houve uma ocorrência em dois circuitos das linhas de transmissão que conectam as subestações Jurumirim e Capão Bonito, operadas pela companhia, o que impactou o fornecimento de energia às distribuidoras. Apenas cerca de 40 minutos depois é que questão foi normalizada.
Apagões evidenciam fragilidade. Sindicato defende nova política energética
Os constantes apagões que têm afetado o estado de São Paulo após as privatizações vêm expondo e evidenciando a fragilidade do sistema elétrico brasileiro. E como tem sido dito e repetido pelo Sinergia CUT, esse grave problema não afeta apenas o dia a dia das famílias, mas todo o andamento e desenvolvimento da economia do país.
O Sinergia CUT defende uma nova política no setor de energia elétrica que estabeleça maiores garantias ao consumidor e mais responsabilidades às empresas de energia para com o fornecimento desse serviço essencial.
“É nisso e para isso que estamos incansavelmente trabalhando, participando de vários fóruns de discussões, produzindo documentos, realizando reuniões no Ministério de Minas e Energia, na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e com lideranças no Senado e no Parlamento, além de outras frentes. Essa é nossa luta”, declara Carlos Alberto Alves, presidente do Sinergia CUT.