PLR 2026 das CPFLs Paulista e Piratininga: Contraproposta das empresas ainda não atende
Próxima reunião está agendada para 18 de novembro
Escrito por Nice Bulhões, com informações da Secretaria Geral do Sinergia CUT 15 de outubro de 2025
Depois de muita enrolação com quase 100 dias após a segunda reunião – ocorrida em 8 de julho, e depois de dois adiamentos – aconteceu nesta terça-feira (14) a 3ª rodada de negociação entre as CPFLs Paulista e Piratininga, Sindicatos do projeto Sinergia CUT e demais entidades sindicais para discussão do novo modelo de PLR que deverá vigorar a partir de 2026.
É preciso lembrar que, na proposta das entidades sindicais, o novo modelo seria composto por duas partes:
1 – Parte variável: mantém o modelo atual de metas (EBTIDA, DEC, FEC e metas por área), com target de até 2 salários (sem contar a verba de desempenho e movimentação, que seria discutido a forma de distribuição apartado) e manutenção do Valor Mínimo de Referência, com previsão de correção anual;
2 – Parte fixa: 1% do EBTIDA dividido igualmente entre os(as)trabalhadores(as) atrelado a metas financeiras.
Nesta reunião, as empresas trouxeram o retorno sobre a proposta dos sindicatos. Elas argumentaram não ser possível atender ao pleito da parte fixa e apresentaram contraproposta única, ainda em construção e com mais dúvidas do que certezas, na avaliação dos negociadores.
Ainda sem apresentarem qual seria a proposta final delas, já que não trouxeram a definição sobre o novo Target de salários da nova PLR, as CPFLs apresentaram novas metas, ficando assim:

Target de salários: Para o target de salários, que as empresas nominaram como “X”, (por não terem ainda uma proposta de qual seria) em relação ao resultado do EBTIDA, a superação poderá chegar a 120%;
Valor Mínimo de Referência: Manutenção;
Reajuste VMR: Previsão de correção considerando a inflação anual (janeiro a dezembro) ajustada para que este valor seja igual em todas as empresas do grupo;
Linha de corte: Manutenção;
Adiantamento/1ª parcela (setembro): Empresa propõe diminuir o percentual pago.
Proposta do Sinergia CUT para o novo modelo de PLR
As empresas descartaram a proposta do Sinergia CUT com o argumento de que não conseguem atender sobre a distribuição igual entre todos os trabalhadores de um percentual do EBTIDA. Elas garantiram que vão trabalhar na mesa de negociação com propostas de melhorias do modelo atual.
Para os sindicatos, além de vaga, a proposta é temerosa, pois inclui novas metas (Comerciais e Perdas) sobre as quais os trabalhadores não têm nenhuma governabilidade.
Para o VMR, o Sinergia CUT deixou registrado que não aceitará a diminuição no valor de uma empresa para igualar à outra e que buscará a equiparação pelo maior valor. Também reivindicou um reajuste maior para o VMR acima do índice de inflação, com o objetivo de proteger e garantir melhoria para os menores salários.
Com relação à Linha de Corte, os sindicatos registram mais uma vez que não há concordância em mantê-la, já que trabalhadores admitidos no decorrer do ano já recebem a PLR proporcional aos meses trabalhados e são muito prejudicados com esta limitação.
A diminuição da primeira parcela não será aceita, de acordo com os sindicatos. Segundo as entidades sindicais, faz-se necessário, na verdade, a melhora do valor total a ser pago de PLR.
Com relação à superação da meta, pleito antigo dos trabalhadores, os sindicatos pontuaram que ela não deve ser limitada a 120% e não somente para o Target x EBTIDA. Acrescentaram que é necessário ainda que seja garantida a superação para as demais metas.
A próxima reunião está agendada para 18 de novembro. Trabalhadora e trabalhador, fiquem ligados!
Sempre estaremos aqui. Por + direitos, + empregos, + renda










