A Eletrobras anunciou nesta quarta-feira (22) que passará a se chamar Axia Energia e essa não é uma simples mudança de nome. A privatização da Eletrobras ganha agora novos contornos com a tentativa de esquecimento, apagamento ou descaracterização da sua identidade como empresa pública.

Esse “modus operandi” privatista é conhecido. Destacamos como exemplo a privatização da Companhia Energética de São Paulo (Cesp). A empresa estatal paulista, desde a década de 90, passou por processo de desverticalização e venda fragmentada até que, em 2022, mudou de nome para Auren Energia.

Cabe observar que, nesse processo até a perda do nome, foram sucessivas reestruturações que reduziram as equipes e ampliaram a terceirização comprometendo a segurança das pessoas e a prestação do serviço essencial. Na privatização, as decisões passam a ser tomadas não mais com uma lógica de serviço público, mas para a maximização dos lucros para acionistas, transformando a energia em uma mercadoria.

Assim, a Eletrobras perder o nome significa descaracterizar a identidade daquela que foi a maior empresa pública de energia elétrica da América Latina, orgulho do povo brasileiro e fundamental para a consolidação da nossa soberania. É crucial mantermos viva a luta pela reestatização e a narrativa de sua história e importância.