Após a abertura de negociação, que aconteceu em 26 de maio passado e onde a empresa apresentou a sua proposta, desconsiderando a Pauta de Reivindicações dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, a 2ª rodada de negociação entre o Sinergia Campinas e a Taesa terminou, novamente, sem acordo. A mesa aconteceu, de forma virtual, nesta segunda-feira (23).

A rodada começou com a Taesa cobrando do Sinergia a devolutiva sobre a sua proposta apresentada na 1ª rodada/abertura das negociações. Confira abaixo a proposta da empresa:

1. Incluir no ACT a possibilidade de as horas extras de finais de semana irem para banco de horas.  No caso de horas 100 % seriam contabilizadas 2 horas para banco e em caso de 70% seria 1:42 hora, por exemplo.
2. Incluir no ACT a possibilidade de alterar a jornada diária de trabalho em dias específicos, de acordo com a necessidade. Exemplo: trabalho noturno previamente acordado, o trabalhador ou gestor podem alterar o horário de trabalho para adequar a jornada e evitar horas extras.
3. Incluir no ACT a possibilidade de alterar a escala para 6 x 3.  Incluir no acordo a possibilidade de alterar a escala de 6 dias trabalhados e 3 dias de folga com alteração de carga horária.  Por exemplo:  segunda e terça pela manhã, quarta e quinta à tarde, sexta e sábado à noite e os 3 próximos dias seriam folgas.
4. PLR pedidos de demissão: retirar do ACT a cláusula que prevê pagamento da PLR dos trabalhadores que pediram demissão ao longo do ano; se ficar até dezembro recebe 100 %.
5. Incluir no ACT sobreaviso de 63 horas (17 horas de sexta-feira até 8 horas de segunda feira). Práticas de mercado:  STATE GRID o ACT tem previsão de 63 horas.
6. Incluir no ACT possibilidade de realização de 52 horas extras mensais. Práticas de mercado:  Cemig pratica 52 horas mensais em acordo coletivo.
7. Incluir no ACT que a folga associada ao DSR será na semana subsequente no próximo dia útil possível.  Prática de mercado:  Cemig 8º dia.
8. Incluir no ACT ausência de Marcação de almoço. Foi sugerido pelo sindicato e nosso sistema já está parametrizado dessa forma. Não seria necessária nenhuma melhoria de sistema.

O Sinergia Campinas também cobrou da empresa a devolutiva da Pauta de Reivindicações da categoria, que foi devidamente aprovada pelas trabalhadoras e trabalhadores e encaminhada para ela. Argumentou que em uma mesa existem duas partes que negociam e que repudia qualquer imposição por uma delas. Já a empresa rebateu que está negociando, praticando melhorias aos trabalhadores/as que não estão no ACT vigente e implementando reestruturações para viabilizar a sustentabilidade da companhia.

O Sindicato, após esse novo questionamento, rejeitou à proposta da empresa, alegando que antes é preciso negociar a Pauta de Reivindicações dos Trabalhadores/as, provocando o debate em várias cláusulas de interesse. A Taesa apresentou a proposta de correção das cláusulas econômicas pelo IPCA de 5,32% sem aumento real, e sinalizou aceitar debater alguns itens da pauta, com outra redação, como:

• CLÁUSULA 2ª – PRORROGAÇÃO, DATA-BASE E VIGÊNCIA por 2 anos;
• CLAUSULA 10ª – HOMOLOGAÇÃO
• CLAUSULA 11ª – ISONOMIA REMUNERATÓRIA DE GÊNERO
• CLÁUSULA 12ª – CONDIÇÕES DE TRABALHO, SÁUDE E SEGURANÇA
• CLÁUSULA 21ª – MELHORIAS DO PLANO DE SAÚDE

O Sindicato insistiu que as reuniões sejam no formato presencial ou híbrido no mínimo, disponibilizando a sua sede em Campinas para a realização das próximas mesas. As partes irão avaliar as pautas debatidas e a próxima reunião será definida pelos negociadores.

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