21 Dias de Ativismo

Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT promove roda de conversa e descontrói padrões contra a violência

Encontro foi virtual e começou às 17h30 desta terça-feira (03). Por cerca de três horas, o debate tratou sobre temas sérios, abrindo um espaço acolhedor com muita emoção

Escrito por Débora Piloni 4 de dezembro de 2024
Compartilhe:
Autor da foto: Leandro Dantas

Sim! Foi um tempo enriquecedor, caloroso, acolhedor e de grande reflexão! No final da tarde desta última terça-feira, o Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT promoveu uma Roda de Conversa envolvendo convidados muito especiais com o tema “Desconstruindo Padrões e Enfrentando a Violência”. O evento fez parte da Campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, iniciada em 20 de novembro e que contempla pautas de igualdade e direitos humanos e busca conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres, além de intensificar ações que resultem em políticas públicas efetivas. As atividades ocorrem até o dia 10 de dezembro.

O bate papo ocorrido nesta terça-feira foi realizado de forma virtual, pela plataforma zoom meetings e reuniu cerca de 30 participantes, entre dirigentes e representantes sindicais, trabalhadoras e trabalhadores do Sindicato e integrantes do curso FormaSin Mulher.

Os convidados e o debate comovente

Com a mediadora Rosana Gazzolla, coordenadora do Coletivo de Mulheres do Sinergia CUT, estiveram presentes para o debate os convidados Tauan Rogrigues, Transexual Ativista LGBTQIA+  e palestrante do Projeto Vivência Trans; Alice Romanoff Capatto Rodrigues,  Transexual, Diretora Sindical, Dirigente Regional do Coletivo LGBTQIA+  pelo MST e Palestrante do Projeto Vivência Trans; e Paolla Miguel, Vereadora de Campinas pelo PT.

Por cerca de três horas a conversa se desenvolveu de forma a levar o público a refletir e a se emocionar. Alice e Tauan contaram em detalhes sobre as dificuldades de serem mulher e homem trans nesse mundo cheio de discriminação, onde é difícil se conseguir um emprego, o acesso à educação e onde as famosas “brincadeiras” mostram o desrespeito diário e a falta de informação dentro das próprias famílias e das empresas.

Segundo eles, a discriminação física, psicológica e moral é enorme e, no Brasil, ela chega ter consequências de violência. Estatísticas comprovam que este é o país que mais mata pessoas trans no mundo.

A vereadora Paolla Miguel se posicionou solidária à causa e falou das dificuldades da mulher preta e LGBTQIA+ na política.

Muitos assuntos foram abordados nessa roda de conversa com transparência, naturalidade, sem constrangimento e sem perder a seriedade do tema proposto: desde uma rejeição familiar, privação do emprego até sobre as dificuldades de se entrar em um banheiro público em shoppings ou parques que as pessoas transexuais enfrentam na atualidade.

“E falando abertamente sobre tudo isso, nossos convidados nos ensinaram uma bela lição de vida: é juntando forças que vamos desconstruir padrões e enfrentar a violência. Nossa luta transforma vidas!”, concluiu Rosana Gazzolla.

Compartilhe: