Direitos trabalhistas

Trancistas agora são profissionais reconhecidas por lei

CUT-SP celebra avanço na valorização da cultura afro-brasileira e da economia popular

Escrito por Talita Cazari | Editado por: Combate ao Racismo | CUT SP 6 de junho de 2025
Compartilhe:
Autor da foto: Freepik

A partir de agora, trancistas passam a ser reconhecidas oficialmente como profissionais de serviços de embelezamento, com a inclusão da ocupação na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), sob o código 5161-65. A CUT-SP comemora essa conquista como um passo importante na valorização do trabalho informal, da cultura afro-brasileira e das trabalhadoras negras.

Essa vitória é fruto da resistência de quem vive do próprio trabalho e da luta por reconhecimento de práticas culturais historicamente marginalizadas. Com o novo enquadramento, trancistas poderão ter acesso a direitos, formação, políticas públicas e possibilidades de formalização da atividade.

“Essa é uma vitória de muitas mãos que trançam. O reconhecimento das trancistas é também o reconhecimento da cultura afro-brasileira, das trabalhadoras periféricas e do direito de existir com dignidade. A CUT-SP está junto nessa luta, como sempre esteve”, afirma Rosana Silva, secretária de Combate ao Racismo da CUT-SP.

Para Vanderlei Victorino, do projeto Trançando Arte Brasil, “o reconhecimento oficial da profissão de trancista é um marco na valorização de quem preserva a memória e a tradição da arte ancestral negra e africana. A inclusão na CBO 5161-65 fortalece quem vive da trança e transmite, de geração em geração, essa cultura de resistência e identidade.”

A CUT-SP reafirma seu compromisso com todas as trabalhadoras e trabalhadores da economia popular, com a cultura negra e com a construção de um Brasil mais justo, onde nenhuma profissão seja invisível e nenhum trabalhador ou trabalhadora fique para trás.

 

Compartilhe: