Presidente da CUT representa os trabalhadores no Conselhão de Lula, nesta quinta

Essa instância é uma conquista do povo brasileiro, após sete anos sem diálogo entre a sociedade o governo truculento de Jair Bolsonaro, diz presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre  

Escrito por 27 de junho de 2024
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A Central Única dos Trabalhadores (CUT), juntamente com representantes do movimento sindical e da sociedade, participa da terceira reunião do Conselho da República, nesta quinta-feira (27), a partir das 9h, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), da Presidência da República, conhecido como Conselhão, debaterá com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), sugestões relacionadas à formulação de políticas com o objetivo de reduzir desigualdades e fomentar o desenvolvimento econômico e social sustentável do país.

O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, que integra o CDESS, ressalta que as atividades do “Conselhão” demonstram a diferença entre um governo truculento como o de Jair Bolsonaro (PL-RJ) e um governo verdadeiramente democrático. O Conselho foi extinto em 2019 pelo ex-presidente e recriado por Lula, no ano passado.

“Nós ficamos sete anos sem diálogo nenhum com o governo federal, que tinha uma relação de muita truculência com a sociedade, que extinguiu os espaços de diálogo, que exterminou os canais de negociação, um governo que perseguiu e atacou o movimento sindical, com o.fim do financiamento, que causou desmonte sem precedentes da legislação trabalhista. Já Lula, assim que tomou posse, uma das primeiras coisas que fez foi reinstalar o Conselho à participação social”, ressaltou Sérgio Nobre.

O presidente nacional da CUT destacou, ainda, que a Central, em seus 40 anos de atividades, sempre agiu de forma mobilizadora e propositiva, ao apresentar propostas ao governo federal que interessam a todos os trabalhadores e trabalhadoras e à sociedade em geral, seja no aspecto econômico, seja na luta pelos direitos humanos e sociais.

“A política valorização do salário mínimo foi uma conquista da CUT e das demais centrais ao mobilizarem milhões de pessoas nas ruas do país, que reivindicaram reajustes salariais do piso nacional acima da inflação. Essa política foi exterminada por Bolsonaro e nós conseguimos junto ao presidente Lula o seu retorno, que agora é uma política de Estado e ninguém que assumir a Presidência da República poderá acabar com ela, por vontade própria”, exemplificou Sérgio Nobre.

Câmaras temáticas

O fato de o Conselho ter em sua composição câmaras setoriais que debatem questões ambientais, infraestrutura, política industrial, educação, saúde, entre outras reforça a importância da participação da CUT nesta reunião.

“As discussões sobre a questão ambiental, as mudanças climáticas, têm de ter a participação dos trabalhadores e das trabalhadoras que serão os mais atingidos com a necessidade de transformar o mundo do trabalho e as formas de consumo. Por isso, estamos fazendo articulações sobre transição justa, para que a classe trabalhadora não pague por essa transformação”, disse Sérgio Nobre.

A retomada da indústria brasileira com empregos de qualidade também é uma luta da CUT que vem debatendo um novo modelo para o setor. Para Sérgio Nobre, o novo Plano de Aceleração do Crescimento é uma oportunidade para  a indústria nacional se reerguer após a Operação Lava Jato, que destruiu 4,4 milhões de empregos e deixou um prejuízo de R$ 47 bilhões em impostos não arrecadados e 84 mil obras paradas.

“O caminho do país para crescer é enfrentar as desigualdades, é construir habitação decente, é melhorando a saúde, a educação”, declarou Nobre.

Este Conselho tem tudo a ver com a história da CUT, que sempre foi combativa, mas que sempre defendeu o diálogo como forma de conquistar direitos para o povo brasileiro

– Sergio Nobre

O Conselhão

O CDESS é formado pelo Presidente da República, pelo Vice-Presidente da República, pelo Ministro de Estado da Secretaria de Relações Institucionais e por cidadãos brasileiros de reconhecida liderança e representatividade. Os conselheiros e conselheiras são de livre escolha do Presidente, e sua composição busca ser representativa da diversidade territorial, étnico-racial e de gênero. Representam a sociedade civil mais de 240 conselheiros.

Criado em 2003, no primeiro governo Lula, o Conselhão sempre teve grande importância ao levar demandas da sociedade diretamente ao presidente da República, ajudando na construção de políticas públicas mais eficientes.

Foi recriado em 2023 com o objetivo de retomar um espaço de diálogo entre o Governo Federal e a sociedade brasileira. Programas como o Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento foram gestados nesse formato.

A reunião desta quinta-feira (27), contará com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente, Geraldo Alckmin, entre outros ministros e autoridades.

 

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