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PIB cresce 3,4% em 2024; maior alta desde 2021

Em valores correntes, o PIB brasileiro acumulou R$ 11,7 trilhões em 2024

Escrito por : Emilly Gondim (TVT News), com informações do IBGE 7 de março de 2025
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Autor da foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Crescimento do PIB está relacionado com o aumento dos setores da Indústria (3,3%) e de Serviços (3,7%)

 

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,4% em 2024 comparado ao ano anterior. O número foi divulgado nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

PIB e os números

Em números correntes, o PIB brasileiro acumulou R$ 11,7 trilhões em 2024. No per capita, a taxa ficou em R$ 55.247,45, um aumento real de 3,0% em relação a 2023.

O crescimento do PIB foi puxado pelos setores da Indústria e de Serviços, que avançaram 3,3% e 3,7%, respectivamente.

No setor da Indústria, o número foi sustentado pela alta na construção (4,3%), na indústria de transformação (3,8%), na eletricidade, gás, esgoto e gestão de resíduos (3,6%) e indústria extrativa (0,5%).

A construção foi validada pelo crescimento na ocupação na atividade, na produção de insumos típicos e da expansão de crédito.

Já a indústria de transformação teve alta na fabricação na indústria automativa e em equipamentos de transporte. A produção de máquinas, equipamentos elétricos, produtos alimentícios e móveis também influenciaram.

Já no sentido das atividades da eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos o crescimento veio influenciado pelas mudanças climáticas. O aumento da temperatura média do ano, forçou os moradores a usarem mais desses recursos.

Em relação aos Serviços, houve aumento em todas as atividades que compõe o grupo: Informação e comunicação (6,2%), Outras atividades de serviços (5,3%), Comércio (3,8%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,7%), Atividades imobiliárias (3,3%), Transporte, armazenagem e correio (1,9%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,8%).

Entretanto, a Agropecuária teve queda de 3,2%. A taxa foi influenciada pelo desempenho da agricultura. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, efeitos climáticos adversos impactaram várias culturas importantes, ocasionando quedas em suas estimativas anuais de produção, com destaque para a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).

Em 2024, o Brasil lidou com enchentes no Rio Grande do Sul que assolou famílias, deixou cidades submersas, destruiu casas e plantações. No mesmo ano, também houve aumento nas queimadas na região da Amazônia, Cerrado e Pantanal.

PIB do 4º trimestre de 2024

A taxa referente ao 4º trimestre de 2024 cresceu 0,2% em relação ao 3º trimestre, na série com ajuste sazonal. O crescimento foi influenciado pelos mesmo setores do PIB anual: Indústria (0,3%), Serviços (0,1%) e Agropecuária (-2,3%).

Entre as atividades industriais, houve crescimento na construção (2,5%), nas indústrias de transformação (0,8%) e nas indústrias extrativas (0,7%). Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos registrou queda de 1,2%.

Nos Serviços, as atividades de transporte, armazenagem e correio (0,4%) e comércio (0,3%) registraram variação positiva.

Houve estabilidade para atividades imobiliárias (0,1%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,0%) e outras atividades de serviços (-0,1%).

Resultados negativos foram registrados em atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados com redução 0,3% e Informação e comunicação com queda de 0,4%.

Se comparado com o mesmo trimestre de 2023, o PIB cresceu em 3,6%. De acordo com o IBGE, isso representa 16º resultado positivo consecutivo nesta comparação. O Valor Adicionado a preços básicos e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios cresceram 3,3% e 6,1%, respectivamente.

Já em queda, a Agropecuária apresentou uma redução de 1,5% em comparação com o 4º trimestre de 2023. Esse resultado foi influenciado pelo fraco desempenho de cultivos com safra relevante, como por exemplo: laranja (-21,1%), fumo (-9,8%), trigo (-2,9%) e cana (-0,9%).

 

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