A Fundacentro está com inscrições abertas para o curso “Assédio moral e violências relacionadas ao trabalho: prevenção e enfrentamento à luz da Convenção 190 e Recomendação 206 da OIT“, que acontecerá nos dias 15 e 16 de setembro, das 09h às 17h.

Para participar presencialmente, as inscrições vão até 07h do dia 15 de setembro ou até esgotarem as vagas. As aulas acontecerão no auditório da instituição, na rua Capote Valente, 710, no bairro de Pinheiros, em São Paulo/SP. Nesta modalidade, receberão certificados os participantes que tiverem presença mínima de 60% (sessenta por cento).

Também é possível participar on-line pelo Moodle da Fundacentro. As inscrições são diretamente na plataforma. Receberão certificados os participantes que obtiverem aproveitamento mínimo de 60% (sessenta por cento) nas avaliações, que deverão ser realizadas no Moodle até 01 de outubro de 2025.

Quem preferir, pode assistir à transmissão ao vivo pelo canal da instituição no YouTube, acessando os links de cada período: 15 de setembro (manhã), 15 de setembro (tarde), 16 de setembro (manhã) e 16 de setembro (tarde). Neste caso, só receberá certificado aqueles que se inscreverem e realizarem as avaliações no Moodle.

Os participantes on-line poderão enviar perguntas aos professores através do formulário que será aberto nos dias das aulas.

O curso é voltado a cipeiros, sindicalistas, trabalhadores e profissionais de saúde e segurança do trabalho em geral. O objetivo é diferenciar os modos de enfrentamento e de prevenção do assédio moral e aprofundar o tema.

Coordenado pela tecnologista da Fundacentro, Daniela Sanches, conta com aulas dos docentes Mara Alice Takahashi, José Roberto Heloani, Adriane Reis Araujo, Maria Leonor Poço Jakobsen, Luciana Pena Morgado, Eliana Pintor e Valeska Pinkovai. As tecnologistas da Fundacentro Juliana Andrade Oliveira e Solange Schaffer e os pesquisadores José Marçal Jackson Filho e Maria Maeno também são docentes.

O papel da gestão e da organização do trabalho

As violências e os assédios relacionados ao trabalho são fenômenos complexos decorrentes de causas múltiplas e que, portanto, contemplam diversos aspectos. Para compreendê-los e fortalecer a prevenção, é preciso analisar a forma como ocorrem as relações nesses ambientes e, em especial, qual o papel da organização do trabalho e do modelo de gestão na produção das violências.

A Convenção 190 e da Recomendação 206 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), voltadas a eliminar a violência e o assédio no mundo do trabalho, trazem importantes contribuições para compreender esse papel. Os documentos tiram o foco dos comportamentos humanos e privilegiam mudanças nas práticas e políticas organizacionais que favorecem as violências no trabalho.

Nesse sentido, apurar as responsabilidades individuais e punir agentes que promovem violências e assédios é fundamental, mas tão importante quanto é identificar e atuar sobre os aspectos da gestão e dos modos de organização do trabalho que favorecem comportamentos assediadores, desleais, conflituosos. E isso passa por também averiguar as responsabilidades de empregadores e membros da alta gestão das corporações que decidem por essas políticas de gestão.

“O grande desafio é desvelar os componentes e mediadores da rede de causalidade envolvida no assédio moral sem se deixar cair na armadilha de apenas tomar medidas punitivas em relação aos indivíduos”, observa Daniela Sanches, tecnologista da Fundacentro e coordenadora do curso.

Importante também implementar outra formas de enfrentar essas violências e assédios, com mais transparência e envolvimento social, principalmente de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Assédios (Cipas), sindicatos e instituições públicas que elaboram políticas públicas voltadas à saúde dos trabalhadores.

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