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Apesar dos avanços, desigualdade racial de rendimentos persiste

Segundo dados do IBGE, 57% da população brasileira é negra. Ou seja, a maioria se declara como preta ou parda. Os negros também são maioria entre os trabalhadores, somando 55% dos ocupados

Escrito por Dieese 21 de novembro de 2024
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Autor da foto: Reprodução/Dieese

A inserção dos negros no mercado de trabalho ocorre de forma desfavorável. Os negros enfrentam maiores taxas de desemprego, mesmo com o mercado de trabalho aquecido. Entre os ocupados, há maior concentração de negros em profissões com baixos rendimentos, além de alta informalidade.

A discriminação que esses trabalhadores sofrem dificulta a ascensão na carreira e faz com que as desigualdades de rendimento cresçam ao longo da vida, o que faz com que os negros deixem de ganhar, em média, R$ 899 mil entre os 18 e os 65 anos de idade.

A Lei de Cotas contribuiu para que a escolaridade dos negros avançasse nos últimos anos, mas, entre os ocupados com ensino superior, a diferença de rendimentos entre negros e não negros permanece a mesma de 12 anos atrás.

Estabilidade política e crescimento econômico são fundamentais para criar um ambiente propício para a redução das desigualdades. Se, mesmo nesse momento favorável, a inserção de boa parte da população negra ocorre de forma inadequada, fica clara a importância de medidas ativas para a redução das desigualdades raciais. O Plano Nacional de Igualdade Salarial traz algumas metas nesse sentido, especialmente voltadas para as mulheres negras, mas os resultados ainda vão demorar alguns anos para
aparecer.

Os sindicatos também desempenham papel importante através de negociações coletivas que reivindicam, além de ganhos salariais, a aplicação de cláusulas que garantam iguais condições de salário e de progressão na carreira para todos os trabalhadores e trabalhadoras.

Leia estudo na íntegra clicando aqui.

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