Havan perde na Justiça direito de burlar quarentena e abrir loja em São Paulo
Empresário bolsonarista Luciano Hang tentou enquadrar filial de sua rede de lojas como hipermercado para ser considerada serviço essencial
Escrito por 29 de maio de 2020
A resposta veio a pedido da prefeitura de Lorena, cidade do Vale do Paraíba que reduziu as atividades econômicas e de serviços para conter a disseminação do novo coronavírus. A filial da rede do empresário Luciano Hang entrou na Justiça para pedir a abertura de sua unidade por meio de uma manobra: ela passaria a vender produtos alimentícios para ser enquadrada como hipermercado, sendo serviço essencial.
Luciano Hang é um dos grandes apoiadores ideológicos e financeiros do bolsonarismo, e despreza as medidas sanitárias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde para lidar com a pandemia de covid-19. Alinhado com o presidente, Jair Bolsonaro, ele também defende que “preservar a economia” deveria estar à frente das medidas de proteção à saúde pública .
O empresário é alvo de investigação da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal por suspeita de ser financiador de esquema criminoso de disseminação de fake news e discurso de ódio em defesa da ideologia bolsonarista.
A decisão
O município de Lorena argumentou que a manobra da empresa de Hang não correspondia à realidade, já que a Havan é uma loja de departamento, e não figura como serviço essencial. De acordo com o desembargador, alinhado com decisão do STF, fechar lojas de departamento durante a pandemia é de responsabilidade do Executivo local, para “prevenção e conservação da saúde pública”.
“Não há dúvidas, portanto, da legalidade e constitucionalidade da medida”, prosseguiu Semer. “Não se mostra inequívoca a despeito da categoria cadastral em que está inserida”, completou sobre a Havan não se enquadrar como hipermercado.
Escrito por: Rede Brasil Atual










