A Auren Operações realizou, nesta quarta-feira (3), uma live para seus trabalhadores e trabalhadoras em que afirma que o Sinergia CUT não a tem procurado para negociar a PPR (Programa de Participação nos Resultados), quando, na verdade, a entidade sindical enviou cartas (confira abaixo) solicitando a reabertura das negociações. Além disso, a Auren cometeu prática antissindical ao pressionar a categoria a buscar o Sindicato para que reapresente a mesma proposta, que já foi rejeitada por unanimidade pelo conjunto dos trabalhadores.

Para o Sinergia CUT, a empresa produziu uma fake news, já que não falou a verdade sobre o processo negocial. Na avaliação da entidade, “quem conta meia-verdade comete a indiscrição de ‘mentir’”. O fomento dessa desinformação aumenta o clima ruim já implantado entre os trabalhadores por conta do medo de demissões e escancara a prática antissindical. O Sindicato repudia esta prática e continua à disposição da negociação. Entretanto, mantém-se firme em não concordar com propostas reducionistas e nem com ameaças.

Vamos aos fatos!

Em 19 de maio deste ano, o Sindicato enviou correspondência à empresa, questionando vários pontos da proposta apresentada até então pela Auren Operações. Em julho passado, após conversa com a área de Recursos Humanos (RH) patronal, foi enviada ao Sindicato uma proposta, mas havia pontos que necessitavam de esclarecimentos. Tão logo foram esclarecidos, a entidade agendou assembleias deliberativas, realizadas entre os dias 4 e 7 de agosto.

Carta de 19 de maio

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Carta de 7 de agosto

No dia 7 de agosto, por meio da correspondência de nº 575/25, foi informada à empresa a rejeição da proposta e solicitada a reabertura de negociação.

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Carta 19 de agosto

Sem nenhuma resposta, no dia 19 de agosto, o Sinergia enviou nova correspondência, reiterando a carta enviada no dia 7 de agosto. Novamente, a entidade solicitou a reabertura da mesa de negociação. A resposta da empresa só chegou em 1º de setembro, quando, por meio de um e-mail, a empresa se colocou à disposição de estabelecer a retomada das negociações, para tentar resolver o entrave da então PLR que a empresa está propondo passar para PPR, e restabelecer a mesa de negociação do ACT. No mesmo dia, o Sindicato retornou à Auren Operações, colocando-se à disposição.

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Prática antissindical

Além de mentir sobre o fato de que o Sindicato havia desistido da negociação, a Auren Operações pediu para que os trabalhadores procurassem a entidade sindical e pressionasse-na a reapresentar a mesma proposta, que já foi rejeitada na base. Segundo a empresa, essa proposta não vai mudar, o que revela que a intenção dela é empurrar goela abaixo a sua proposta reducionista. Além disso, a empresa fez insinuações de que, caso o Sindicato tome a decisão de acionar a Justiça, esse processo vai demorar muito. O Sinergia CUT lamenta esse posicionamento da Auren e repudia toda prática antissindical.

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