Abaixo-assinado

Sinergia CUT mobiliza trabalhadores por redução da jornada e fim da escala 6×1

Até o dia 30 de maio, em assembleias na base, o Sindicato coletará assinaturas em apoio à campanha da CUT. O abaixo-assinado será entregue aos poderes Legislativo e Executivo. Sua participação é fundamental!

Escrito por Débora Piloni, com informações da Secretaria Geral do Sinergia CUT 23 de maio de 2025
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Autor da foto: Roberto Parizotti (Sapão)/CUT Nacional

O Sinergia CUT participa da coleta de assinaturas em apoio à campanha nacional lançada pela CUT pela redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1. Até o dia 30 de maio, nas assembleias que ocorrem em toda a base, o Sindicato irá recolher assinaturas no abaixo-assinado, que será entregue aos poderes Legislativo e Executivo.

A campanha integra a Jornada Nacional de Lutas, lançada pela CUT em 28 de abril, como parte das principais bandeiras para 2025, com destaque para a redução da jornada e o fim da escala 6×1.

Em sua resolução de dezembro de 2024, a Diretoria Nacional da CUT reafirmou o compromisso histórico:

“Seguir reafirmando e massificando nosso compromisso em defesa da redução da jornada e do fim da escala de trabalho semanal de 6×1, sem redução de salários e sem prejuízo dos direitos e conquistas já obtidas por meio da negociação coletiva. O crescimento e o desenvolvimento do país somente serão possíveis com distribuição de renda, políticas permanentes de proteção social e de valorização do salário-mínimo, com redução da jornada de trabalho e com o povo brasileiro no orçamento público.”

Antes da Constituição de 1988 a jornada estabelecida em lei era de 48 horas semanais. Nessa Constituição, conhecida como Constituição Cidadã, pela luta dos movimentos sociais e sindical, a jornada passou a ser de 44 horas semanais, com limite de 8 horas diárias e possibilidade de ampliação em até 2 horas extras por dia. Hoje, a jornada semanal média dos assalariados é de 41h30.

 A redução da Jornada de Trabalho é uma luta histórica da CUT

 Anos 80 e 90 – dois anos após a fundação da CUT foi realizada uma grande greve de várias categorias, em todo o país pela redução da jornada, por 40 horas semanais e cinco dias de trabalho. E diversas campanhas foram lançadas nesse período.

Em 2025, a proposta segue na Jornada Nacional de Lutas da CUT e também na “Pauta da Classe Trabalhadora”, lançada durante a Marcha Nacional, ocorrida em 28 de abril, em Brasília. O documento propõe:

“Reduzir a jornada de trabalho, sem redução de salário, com controle das horas extras e eliminando formas precarizantes de flexibilização. Acabar com a escala 6×1, substituindo-a por jornadas que promovam melhores condições de trabalho e de vida, eliminando escalas que intensificam a precarização laboral.”

Os números comprovam que a redução da jornada será benéfica tanto para a saúde do trabalhador como para a economia do país em geral. Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revelou que a redução da jornada pode abrir vagas de emprego para cerca de 3 milhões de trabalhadores. Segundo o DIEESE, o maior tempo livre pode ajudar o trabalhador a frequentar cursos de qualificação, e à medida em que o mercado de trabalho demanda cada vez mais mão de obra qualificada, mais trabalhadores teriam oportunidades de inserção.

Para as mulheres, que ainda na grande maioria, além da jornada de trabalho na empresa, cumprem uma segunda jornada no lar, cuidando da casa e dos filhos, a redução também traria grandes benefícios, inclusive permitindo que elas dedicassem um tempo à qualificação, reduzindo assim o diferencial entre gênero.

O debate no mundo

A discussão sobre a redução da jornada avança em diversos países:

  • Na Nova Zelândia, a Unilever, multinacional que detém várias marcas de produtos alimentícios e de higiene e limpeza, reduziu em 20% as jornadas, também mantendo os salários.
  • Na Espanha, o partido de Esquerda Más País, vem propondo testes de redução da jornada em alguns setores, com apoio do governo espanhol.
  • Na Grécia, embora possa se trabalhar na escala 6X1, a lei prevê que, no sexto dia, os trabalhadores ganhem 40% a mais por hora trabalhada.
  • Na Bélgica, os trabalhadores/as ganharam em 2022, o direito de realizar uma semana de trabalho completa em 4 dias, sem perda de salário.
  • No Chile, a lei permite a semana de trabalho de quatro dias desde 2017; mas é preciso ter acordo entre empregadores e sindicatos que representem mais de 30% dos trabalhadores/as da empresa.
  • Na França, o governo reduziu a jornada de trabalho de 39 horas para 35 horas semanais, mas sem alteração no número de dias que continua sendo de 5 dias por semana.

Aqui no Brasil, os movimentos sociais organizados pelo Plebiscito Popular lançam a pergunta: “Você é a favor da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e do fim da escala 6×1?”

A campanha no Macrossetor Indústria da CUT

O Macrossetor Indústria da CUT, do qual o Sinergia CUT faz parte, elegeu como uma de suas prioridades para 2025 a luta pela redução da jornada, compondo essa mobilização nacional. O setor também mantém diálogo com o deputado Reginaldo Lopes, autor da PEC 221/2019, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.

A proposta de emenda constitucional prevê a redução gradual da jornada de 44 para 36 horas semanais em 10 anos, sem redução salarial. A medida visa combater o desemprego, melhorar as condições de vida dos trabalhadores, criar novos postos de trabalho e reduzir a informalidade e a precarização.

Fortaleça essa luta: assine!

A prioridade do Sinergia CUT com essa Campanha é ampliar ao máximo a coleta de assinaturas neste abaixo-assinado, que será entregue aos poderes Legislativo e Executivo, pressionando por avanços concretos. Participe das assembleias, assine e fortaleça essa mobilização histórica em defesa dos direitos da classe trabalhadora! Porque a vida não é só trabalho. Porque você tem direito de ser feliz!

Sempre estaremos aqui! Por + direitos, + empregos, + renda

 

 

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